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Falta de boas ideias: culpa do Cliente ou da Agência?

Faz parte da rotina dos publicitários espalhados pelo mundo se queixarem de como é difícil veicular putas sacadas que eles têm para os Clientes. Até já fizeram uma paródia sobre este momento peculiar da relação profissional entre as duas empresas.

Acredite, todo mundo gosta de ideias realmente criativas. Elas chamam atenção quando passam na TV, viram assunto na mesa do bar, meme na internet e, às vezes, ganham autotune no Youtube. A questão é convencer o Cliente de que a ideia genial mostrada na apresentação vai mesmo resolver o problema mercadológico da marca. E, muitas vezes, o publicitário esquece que esta é sua função: vender o conceito primeiro para quem está pagando.

Como aprendi na faculdade, é sempre melhor criar uma ideia bem entendida ao invés de uma boa explicada. Todo Cliente quer o seu Pônei Maldito, mas precisa ser convencido de que esta aposta vai gerar frutos para sua empresa e não apenas prêmio para a estante da sua Agência. Ninguém quer inovar sem ouvir argumentos sobre as vantagens em seguir por este caminho.

Até as mídias sociais já existem seus próprios clichês. Quem usa Facebook está cansado de ver promoções pedindo para curtir e compartilhar imagens (que vai contra as regras de lá) e sorteio no Twitter pedindo para seguir determinados perfis. Não culpo o uso dos clichês, que são práticas eficientes, apesar de encher o saco do público-alvo da ação ou campanha.

Como já escrevi, nem sempre o Cliente tem razão e por isso é necessário chegar a um meio termo: ser criativo com compromisso em gerar resultados. Com essa postura, os dois lados só têm a ganhar.

E para você, caro leitor: de quem é a culpa por não vermos anúncios, comerciais e ações que chamem atenção pela criatividade com mais frequência? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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8 Comentários

  1. Fica evidente que uma Campanha bem elabora,que visa cativar totalmente o publico-alvo traz como consequência muitos ganhos em diversos aspectos. O fato de não vermos anúncios e derivados tão criativos circulando nas mídias, é de responsabilidade publicitários, nos dias de hoje raramente se cria algo, as campanhas tem como base outras campanhas já existentes.
    Abrss

  2. Mas nem sempre uma propaganda criativa irá trazer lucro para a empresa. Pergunte para as pessoas nas ruas de qual empresa é a propaganda dos Pôneis Malditos, nem metade vai saber responder !

  3. Passo por situações desse tipo, quase todo dia, no trabalho… e SIM, algumas agências tentam se diferenciar no mercado, mas o Cliente é uma barreira, muitas vezes “intransponível”… quer do jeito que ele quer e não tem jeito de mudar a cabeça, e para não perder o cliente e as comissões que ele gera, agências abrem as pernas. Eu “engulo sapos” desse tipo, todo dia. Uma pena.

  4. Clientes pedem ações que já foram usadas e deram certo (de uma forma ou outra).

    Agência criam ações clichês pelo mesmo motivo.

    É um – perigoso – vício.

    Os que saem desse vício, deixam os que não saem pensado: “pq não pensei nisso antes”.

    Mas só quando dá resultado. Se não dá resultado, falam: “eu sabia”.

    No fim, andei em círculos nesse com

  5. Acho que conceitos criativos poderiam ser mais facilmente explorados se as agências reeducassem o cliente.
    Muitos cientes aprovam ” de olho fechado” conceitos e campanhas já feitas e batem na mesma tecla… mas é aquilo que já foi dito, para não perder o cliente continuamos na mesmice?

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