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O Diretor de Arte sumiu. E agora?

Quem trabalha ou já trabalhou em uma agência pequena, já deve ter passado por isso: como a equipe geralmente é reduzida, a dupla de Criação precisa se preocupar com outros detalhes além do seu ofício original.

Certo dia, em uma agência que trabalhei logo no início da carreira, virei por um dia o chamado “Redator de Arte”. Só pelo batismo deste “novo cargo” você já deve suspeitar o que vem por aí.

Como disse, agência pequena tem poucas pessoas em cada função e ela só tinha um redator (que era este vos escreve) e um diretor de arte. Mesmo assim, não éramos Bombril e conseguíamos fazer as nossas atividades tranquilamente. Mas, um dia, o inevitável aconteceu: o meu dupla ficou doente. Pânico na agência.

Na verdade, eu estava conseguindo criar os textos das peças e deixar no computador para o meu colega colocar no layout que ele faria depois. Mas o problema foi ter que colocar os meus parcos conhecimentos no Corel Draw em prática em uma emergência: o veículo devolveu um layout com problema de resolução no logotipo e precisava em menos de uma hora que a peça fosse enviada, caso contrário, não sairia na edição do dia seguinte. E nessa hora, adivinhe quem seria o salvador da pátria?

E lá fui eu, deixar tudo que estava fazendo, para vetorizar a marca defeituosa. Ainda bem que no final, deu tudo certo.

É normal isso acontecer de vez em quando. Só não pode ser com muita frequência, pelo bem tanto da agência quanto do profissional. Afinal, o cargo de redator de arte não existe e mesmo que existisse, não teriam muitos candidatos. Ou será que teria?

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14 Comentários

  1. Nossa, fico impressionado como que na hora de urgências/emergências nasce os “SUPER-DESIGNER”.
    Realmente “Redator de Arte”, como o nosso amigo disse batismo deste “novo cargo”, que considero como mais antigo que minha vovozinha, olha que minha vovó tem uma idade considerável.
    Quando falo sobre “SUPER-DESIGNER” é aquele sujeito que está lá na hora do aperto ou que trabalha numa empresa otimizada de funcionários.
    Agora imagina um cara, que além de fazer parte da redação, criar a arte de artigos, também ter que fazer cafézinho e buscar bolacha no mercado, para agradar o cliente a fechar um negocio com a agência/editora.

  2. Ah, mas isso é até legal em agências pequenas… você acaba aprendendo a se virar e a pensar mais rápido, além de ter mais liberdade pra poder experimentar outras áreas e sair da sua de origem, da zona de conforto. Isso conta como uma experiência e tanto, afinal, as agências grandes não exigem cada vez mais profissionais flexíveis e 360º? 🙂

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